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sábado, 8 de outubro de 2011

O Silêncio de Deus e o nó do afeto






O nó do afeto

Em uma reunião de pais numa escola da periferia, a diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos.
Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças.
Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana. Quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado. Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho soubesse da sua presença,ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado.
O nó era o meio de comunicação entre eles. A diretora ficou emocionada com aquela singela história. E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras das pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros. Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente.
E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias. É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso.
Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras. É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro.
As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor.
Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.


À Luz da Bíblia
Davi conheceu o silêncio de Deus, Jesus conheceu o silêncio de Deus, mas Elias, de todos os personagens bíblicos é o mais parecido conosco.
Ele estava sozinho no deserto e ali foi alimentado, mas ele não percebe que Deus estava cuidando dele. Chegou a acreditar que ele era o único profeta a dizer a verdade em Israel. Não se apercebia que Deus estava guardando milhares de outros profetas que não se curvaram à Baal. Não percebia que o fato de sustenta-lo, mesmo no momento de desespero, era Deus dando um nó em seu lençol para demonstrar seu amor por nós.

Muito se diz sobre o silêncio de Deus e seu efeito sobre nossas vidas.
Em nossos momentos de dor e desespero é comum nos perguntarmos sobre a posição de Deus quanto nossas orações.
O próprio Senhor Jesus passou por esta situação quando clamou ao Pai ali na cruz e não encontrou o apoio e o socorro de que precisava. Os que assistiam seu sofrimento sorriam e zombavam de sua dor observavam ele clamar: “Eli Eli, clama sabatani”.
Imagine a dor de nosso Jesus!
Crucificado, sofrendo uma dor alucinante, mas nada podia fazer para livrar a si mesmo daquela dor, sem que assim perdesse a vida de todos nós. Mesmo em seu momento de angustia Jesus optou por manter – se firme ao seu propósito redentor.

Quando a dor nos atinge e parece querer afundar nossa fé, quando os ventos sopram de todos os lados, devemos nos lembrar que por mais que pareça, o Senhor não nos desampara. As possibilidades paracem limitadas? A noite chegou? O mar se agitou e agigantou-se à noss a frente? Não se preocupe, fazemos parte da geração pós Moisés. Afinal ele passou pelo mar com pés secos, mas não se preocupe, pois somos da geração de Jesus e como Ele, seo mar não abri, agente passa por cima.
Só que, no momento em que nossa fé não alcança, o melhor é crer que Deus não nos desampara. Ele nos ama, sempre vai dar um jeito de provar que nos ama, que esta conosco e que jamais deixará que sejamos destruídos na nossa fé.
Jesus esta conosco, meso quando o mar agita-se e parece que noss barco vai afundar. Ele nos socorre e como um Pai preocupado sempre mostra que não estamos sozinhos. Temos a garantia que Ele não deixa-nos sós: Na minha angústia clamei ao Senhor e Ele me ouviu (Salmo 120 -10). Sim, mesmo que todos os nossos amigos não possa nos ouvir, que estejam ocupados com suas vidas e não tenham tempo para nos socorrer, os ouvidos do Senhor não estão surdos para a nossa oração (Isaias 59-1). Deus vai dar um jeito de, mesmo em seu silêncio, mostrar-nos que não nos deixou sozinhos.
Ao despertarmos de nossos momentos de auto comiseração, veremos que nosso lençol esta com uma das pontas amarradas.
Pense nisto!
Elisabeth Alves

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