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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Vasos de Barro - Desde a fabricação ao uso - Vasos que pensam

Vasos de Barro


(Palavra de Domingo)



Fala-se muito em ser vaso e muitas vezes os mais simples sentem-se inferiorizados pelos que se tornaram tão santos que estão acima de nós, não importando que cargos ocupem dentro das Igrejas.

Sua vida, na mão do Oleiro.
De barro à vaso, processo
doloroso, mas necessário.
Alguns domingos atrás nosso Pastor trouxe uma palavra sobre vasos na igreja, para variar, uma palavra de domingo.

Certo é que ele falou sobre vasos. Desde sua fabricação. Claro que para leitura inicial de sua mensagem usou a proverbial passagem de Jeremias (cap. 18) e a partir daí falou sobre ser vaso e em que condição estar para Deus.

Claro que para muitos é essencial ser vaso pronto, bem acabado e de boca para cima, como já ouvi certos pregadores dizer antes desta passagem, mas o nosso pastor começou por falar sobre como se começa a fabricação do vaso.


  • É necessário antes de tudo saber que tipo de barro se pode usar para fazer um vaso e são muitos os tipos de argila para este fim. Só que para se fazer bons vasos, só quatro tipos de argila são aproveitáveis. Assim sendo muitos tipos são rejeitados desde a escolha do material a ser usado.



  • O próximo passo é deixar o barro murchar. Ele fica separado para perder todo o excesso de água. Se o oleiro começa a sua fabricação com a argila ainda aquosa, o vaso fica mole e despenca. Assim, enquanto espera que seu barro fique no ponto, o oleiro dá continuidade às suas atividades com outras argilas já maleáveis. Ou vai procurar mais barro para as próximas execuções. Para o barro que seca fica apenas o esquecimento, já que só no tempo certo ele será moldado.



  • Quando a argila reservada seca, o oleiro a pega e começa sua fabricação, que é sempre manual. Afinal, é aí que ele purifica o barro. Com suas mãos experientes, enquanto manuseia o material, ele vai retirando as impurezas do mesmo, com os dedos. Cada pedregulhozinho encontrado no barro é retirado por seus hábeis dedos e assim ele continua suas atividades.



  • Mais quando o vaso está pronto, ele não vai direto para o forno. É deixado mais uma vez para secar e perder o excesso de água que ainda contém.



  • Só quando o vaso está firme ao seu toque é que o oleiro o leva ao forno, pela primeira vez. Isto mesmo, pela primeira vez, afinal para que esteja pronto o vaso poderá ir mais vezes ao forno, dependendo até para que uso se destinará.



  • O mais interessante disto tudo é que só depois de ter ido ao forno é que o oleiro decide qual será o uso deste vaso. E está decisão se dá também pelo toque. O oleiro agora bate com o lado externo dos dedos para através do som emitido pelo vaso, determinar que tipo de uso se dará para este. Isto mesmo, só assim ele saberá dizer quais as capacidades deste vaso.


Na prática

Para o vaso não rachar, é necessário que
seja retirado todas as impurezas e
quando o vaso é o homem
há dor neste processo.
Às vezes os cristãos estão preocupados em serem vasos e estarem prontos para qualquer obra, mas na verdade nem sabe se já são de fato vasos. Não pensam que o oleiro pode apenas ter escolhido ainda a argila e que estão de fato ainda secando, na primeira escolha.

Muitos se acham prontos e ferem seus semelhantes, passando a falsa visão de santidade, esquecidos de que só o barro enxuto pode ser usado para fazer vasos.

 Sim, muitos estão salientes em sua fé, pensando ser vasos e por isto mesmo que quando são provados, ficam indignados, querendo até discutir com Deus. Esquece-se que o barro deve estar no ponto para ser usado na fabricação de vasos.

Outros pretensos vasos acham-se prontos para toda boa obra e vivem a discutir com as autoridades eclesiásticas por cargos e atividades na congregação. E coitado do que for colocado por responsável pelo que ele julga de sua alçada. O pobre cristão vai sofrer por certo muitas perseguições deste “vaso”, que cheio de “poder,” irá criar suas próprias verdades e profecias para acabar com o ministério do outro, tentando de tudo para destruir o trabalho deste.

Graças a Deus, existem ministros capazes, que sabem como agir com certos “vasos”, muitas vezes passando a eles, a título de experiência, os cargos que eles julgam ser seus, mesmo sabendo que saíra errado. Mas em certos momentos, para estes ministros, o melhor é correr um pequeno risco e resolverem à questão, do que ver os que são de fato capacitados por Deus, sofrerem quando da execução de suas atividades frente às responsabilidades propostas.

Descer a casa do Oleiro é o caminho
que  próprio homem - enquanto vaso -
deve fazer.É uma decisão pessoal
que vai mudar sua vida
espiritual.
Há outros problemas maiores ainda no que se refere a pretensos vasos, suas santidades os fazem maiores e melhores que os demais, esquecendo-se que o Senhor Jesus determinou que fossem os menores ao servir, quando disse que aqueles que almejam cargos e responsabilidades no exercício da fé, devem saber que os que servem são sempre os menores (Lucas 22). Visto que o Senhor Jesus, sendo Ele Deus, lavou os pés de seus discípulos.

Há ainda os falsos humildes, estes são os que mais ferem os seus irmãos.


Concluindo

Que Deus nos livre de sermos os que ferem nossos irmãos. Isto porque a Palavra diz: “É lícito que venha os escândalos, mais aí daqueles por quem este advir.”

Quanto a mim, quero sempre ser o vaso a ser fabricado, porque o vaso que quebra ainda na mão do oleiro, sem ter ido ao forno, pode ser consertado, já o que cai depois de terminado só serve para o lixo. Por mais bonito e útil que tenha sido.







Pastor Sérgio Carlos da Silveira  posta no 
Cristo Hoje, toda quarta e sexta-feira. Pastor vice-presidente da IPCO-Brasil, é articulista do Unidos para Cristo também participa do Ser Cristão e Recanto das Letras..





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