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domingo, 21 de agosto de 2011

Quando o assunto é liberdade - Uma Palavra aos Jovens

Quando o assunto é Liberdade...
Elisabeth Lorena Alves
Liberdade é um assunto em voga nos dias atuais. Toda e qualquer situação que pareça contrária é definitivamente tachada de obscura, politicamente incorreta e outros termos mais que demonstram aversão aos pseudos valores recém adquiridos por nossa Sociedade. Valores estes, que em sua maioria são amorais.

Tem um pensamento que não me sai da cabeça. Conheço-o desde a adolescência, mas agora não me ocorre o seu autor: “Em geral as pessoas lutam por liberdade para escolher a escravidão que melhor lhe convêm”. Como disse não me vem à lembrança agora o seu autor, mas é um pensamento que criou raízes junto com um outro, este de Joaquim Nabuco que diz: “A consciência é o último ramo da alma que floresce, só dá frutos tardios”, mas quero falar do primeiro, embora o segundo caiba bem no que penso agora, enquanto escrevo este texto.
Sempre me utilizei desta lembrança, principalmente depois que me converti, quando alguém me oferecia um cigarro ou outro tipo de droga. Sempre soube que certos vícios podem levar a dependência e até a morte – conheci de perto a destruição de uma família pelo alcoolismo.
As pessoas se tornam muito diferentes quando em contato com certas substâncias tóxicas e sempre soube que certos vícios podem levar o indivíduo a morte – mesmo sem os excessos – seja por overdose ou por efeitos colaterais, que vão de uma simples dor de cabeça ao câncer, tudo isto sendo provado por pesquisas médicas, reportagens diversas e literatura especializada ou não.
Sempre me diziam que por causa de minha fé eu não era livre. E isto é muito difícil de ouvir aos 14 anos, quando você depende da aceitação do grupo ao qual pertence. Só que ao longo do tempo fui vendo estes amigos ruírem e perderem seus sonhos mortos por dívidas de drogas, overdose e até em situações tumorais ou cancerígenas, que os levaram cedo. Outros que demoraram a entrar nesta, mas não resistiram aos apelos do grupo, são hoje dependentes químicos inveterados, muitos deles não têm controle sobre seus atos. Vale lembrar que estou falando de um grupo de jovens que sonhavam escrever seus livros e tornarem – se autores de sucesso e posso dizer que muitos destes escreviam muito bem. Eu não era a única a passar horas a ler e escrever, mas acabei sem turma logo, pois eles me repudiavam por ser diferente deles. Confesso que a dor que me abatia era muito grande, pois sempre quis fazer parte de um grupo e o afastamento que surgiu com minha insistência em permanecer sóbria me pôs fora deste que me agradava muito.
Você não pode imaginar o que é para uma pessoa tão imaginativa como eu, viver só rodeada por pessoas sem sensibilidade artística. Quando mostrava um poema para alguém fora de meu grupo inicial, era rechaçada por lunática e acabava tendo ora que esconder minha verve sonhadora ou sair de mais um grupo. O que quase sempre acontecia. Cheguei a ficar sem escrever por quase 10 anos, mas isto é outra história.
O que quero falar hoje é sobre estes meus companheiros de Leitura, que em sua maioria tornaram-se viciados. Que tal a liberdade deles?
Poucos são os que saíram desta e estes acabaram por decidir-se por Jesus, mas vieram pelo pior caminho, o da dor e sofrimento, muitos destes, mesmo assim, já vieram às portas da morte.
Quanto a mim, preferi as ditas algemas do Cristianismo a ter a liberdade que eles propagavam. Muitos destes amigos sucumbiram a AIDS e outras enfermidades do grupo DST, alguns morreram em salões de bailes, atingidos até por balas ditas perdidas.
O Evangelho para mim nunca foi uma prisão. Sempre tive vida social ativa, me divirto muito, sai com os amigos da Igreja, vou a Shopping como todo mundo – apesar de gostar mais de Biblioteca e Livraria. Tenho amigos que fazem parte de minha família eterna e que são em sua maioria meus verdadeiros familiares. E claro, vou a Igreja – hoje sou membro da IP Casa de Oração. Ali louvo a Deus e, nos finais de semana me divirto com as crianças, já que gosto de contar histórias e eles de ouvir.
Para você tenho um desejo: Que o Senhor conduza seu coração ao amor de Deus e a constância de Cristo (II Tes. 3.5), pois na verdade, a Palavra de nosso Deus diz. Se o Filho do Homem vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Isto porque a Liberdade que o Senhor nos dá é para sempre, e mesmo que estejamos em dificuldades e em falta de algo, Ele vem a nosso encontro, trazendo paz e refrigério. Pois a angústia, solidão e tristeza só nos atingem o coração quando permitimos. Afinal, somos livres na alma, para escolher nossas próprias prisões e estas são os sentimentos negativos que se apoderam de nós quando passamos por dificuldades. Um dos salmistas deixa-nos um sábio conselho Entrega teu caminho ao Senhor, confia n’Ele e o mais Ele fará (Salmos 37. 3). Isto porque quando nos voltamos para Cristo, aprendemos a ver a vida com os seus olhos e estes são livres. E libertos nos tornamos mais que vencedores.

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