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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Jefté e sua atitude precipitada


Porções Diárias 

Jefté e sua atitude precipitada

Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás , ó Deus" (Salmo 51.17)
 

Nossas atitudes mostram ao mundo e a Deus quem somos, como realmente somos e qual é a verdadeira situação de nosso amor próprio, de nossa confiança em nós mesmos e em nossa fé.
Nada que fazemos passa desapercebido pois nossos atos correspondem ao nosso sentimento. Por isto mesmo é muito importante, nós cristãos buscarmos a cura emocional também, não apenas a libertação espiritual. E esta cura se dá também pelo exercício da Palavra, mas algumas vezes devemos sim buscar ajuda de pessoas preparadas para lidar com as limitações de nossa Psique.
Nosso bem estar deve ser uma de nossas busca e encontrá-lo deve ser uma conquista maravilhosa, pois quando não estamos bem emocionalmente acabamos sendo atingidos também em todos os outros aspectos de nossa vida. E interfere principalmente em nossa vida espiritual.
Jefté nos deixa um exemplo grandioso de alguém muito bem preparado como guerreiro, mas com problemas emocionais que acabaram por trazer tristeza a seu coração.
Jefté era um filho bastardo, em uma época que isto por si só já era um problema, mas seus problemas iam adiante, ele também fora expulso da casa paterna por seus próprios meios-irmãos e com a anuência de seu pai.
Desorientado, ele foi viver no meio de pessoas de comportamento violento, com propósito de vida diferente dos seus e neste lugar constituiu família. E uma família que seguia os preceitos religioso que ele conhecera na infância, afinal, mas na frente notamos a atitude de sua filha, que quis cumprir o voto que o pai fizera.
Voltemos a Jefté. Ele cresceu e se tornou um homem valente e respeitado. Quando o povo de Israel teve problemas com seus inimigos, lembraram-se dele e foram ter com ele. Isto prova que ele adquirira sua fama com trabalho árduo e que não se deixou contaminar pelas companhias que adquiriu na vida, por estar exilado de sua família e de sua fé.
O tempo passou, como já dito e ele foi escolhido para ser príncipe e juiz de Israel e, o convite partiu da casa de seu pai e irmãos.
Jefté aceitou, foi a guerra, venceu-a, mas ao retornar à sua casa, trazia consigo uma promessa feita em um momento de fraqueza e esta mudou sua história. Jefté prometera dar a Deus a primeira pessoa que lhe saísse ao encontro, quando retornasse ao lar.
Este seu momento de fraqueza aconteceu exatamente quando ressurgiu no guerreiro as tristezas acumuladas pelo menino que ele fora. Por alguns minutos transpareceu abaixo do verniz de grande homem, o rosto sem esperança do menino sem esperanças e foi neste instante que ele agiu errado. Fez uma promessa no auge dos acontecimentos. Quando chegou em casa foi sua única filha que lhe saiu ao encontro.
Como homem fiel e líder de respeito, Jefté permaneceu firme ao seu propósito e cumpriu a promessa feita.
Dias depois de sua chegada, sua filha foi servir a Deus longe dele. Embora esta questão seja costumeiramente tomada como argumentação para discussões baratas sobre a morte desta jovem, vale lembrar que ela não foi sacrificada, apenas deixou o convívio familiar, indo servir no templo.
É bom relembrar que o Senhor proibia holocausto humanos (Levítico 18:21). A jovem saiu para chorar seus dias, pois sabia que acabaria nela a semente de se pai, por ser ela filha única. Não foi em uma atitude promíscua ou desrespeitosa que ela resolveu chorar sua virgindade, é algo mais profundo, afinal desde o Éden as famílias esperavam o nascimento do Messias prometido, com seu novo destino, ela sabia que acabava as chances de sua família vir um dia gerar o Salvador de Israel.
Jefté esqueceu que Deus chama para dar e não para tirar. Infelizmente muitas vezes agimos como este guerreiro e queremos barganhar com o Senhor, fazer negócios para levar vantagem. Ao fazer aquela promessa, ele sabia que poderia sair dali uma pessoa amada, ele só não sabia que seria sua única filha. Conhecedor da Lei de Moisés, ele não sacrificaria sua filha por saber ser isto desagradável aos olhos do Senhor. Na verdade ela foi servir junto com outras mulheres na congregação  (Êxodo38 – 8). Consagrar um filho ao Senhor era algo comum naquela época, o que era comum em Israel. É bom lembrar também que Jefté tornou-se um herói da f;e e que seu nome figura na Galeria da Fé em Hebreus, e onde não figuraria se fosse um assassino, idolatra
Que jamais esqueçamos desta história, pois quando agimos de forma precipitada, estamos correndo o risco de passarmos por tolo.

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