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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Amor e Paixão

I Coríntios 13


Já pensou que tem gente que parece que namora o Oxigênio?
Sim, vira e diz: Sem você eu morro.
O outro parece que namora a Glicose: Sem você não sei viver!
Rio com estas frases estranhas.
Apenas!
Mesmo sendo romântica e, como a maioria de meus leitores sabem, gostar de poesias, de escrever e e de lê-las, ainda não entendo este sentimento desvarado que as pessoas vivem. Muitos dizem amar, mas é na verdade um sentimento obsessivo!
Entram em paranoia se imaginam o ser "amado" apenas conversando com outra pessoa. Acho que por isto amo meus livros, minhas poesias e meus amigos.
Não conseguiria viver em função de um sentimento aprisionante como este amor que as pessoas dizem sentir!
Acredito em amor livre, onde há respeito, amizade, companheirismo, diálogo e interesses mais firmes que apenas uma atração sexual.
Sei que quando amamos, queremos ter o carinho da pessoa amada, queremos mais que uma rosa diária - eles não costumam dar tantas flores assim, dirão alguns! - queremos ter mais que as outras pessoas recebem daquele a quem devotamos nossos sentimentos, MAS amor não é atrito de pele, é mais que isto.
É o que espero da pessoa que esta comigo, dividir os sonhos, dividir a missão, somar experiências, viver algo mais que momentos de prazer que como o fogo das velas se apagam logo.
O que faz valer a pena uma relação verdadeira é de fato a confiança, o companheirismo, o diálogo, pois quando todo o mais acabar, é isto que vai segurar a manutenção dos nossos projetos. Isto é amor!
Amor é o que você constrói com alguém, a parceria, o olhar dentro dos olhos e saber o que o outro pensa ou quer, é reconhecer o sentimento pelo toque no rosto, o baixar dos olhos, uma sombra passageira atrás do sorriso, o vincar da testa, o apertar dos lábios, o jogar os ombros de uma forma específica que te faz reconhecer o peso do dia ou da vida.
Isto é amor e não nasce no primeiro olhar, ele é um investimento diário, algo especial que faz com que você queira mostrar ao mundo sua felicidade.
O amor não é egoísta, a paixão é.
O amor é suave como uma tarde de primavera ou uma manhã de outono, já a paixão é quente, transbordante como o mais quente dos dias de verão e, gelado como a pior noite de inverno.
O amor te alimenta, a paixão te suga, te cansa.
O amor te aconchega, a paixão te isola, te consome em sensação de dependência.
O amor te deixa livre, a paixão te aprisiona.
O amor te trás paz e sossego, a paixão desassossega.
O amor cria raízes, a paixão te tira o chão.
O amor trás a vida, mesmo na dor do desapego.
A paixão, em extremo, mata!
A Paixão é falha, afinal, consome-se em si mesmo.

Bem, e como é que a paixão falha?
Veja por exemplo, quando alguns jovens, no calor da paixão, tornam fato o desejo que os consome. Quantos não acabam na fila do aborto, terminam como filhos de pais separados, filhos sem pais, crianças para adoção, abandono de incapaz, e, outros problemas tais, que acabam envolvendo a família.
Quantos casamentos que jamais aconteceria em situação normal, acabam acontecendo por causa da pressa em satisfazer os desejos comuns da paixão e, mais uma vez, a maioria acaba em relacionamentos conflituosos e em separação difíceis e divórcios mais difíceis ainda – muitos tendo os filhos como vítima.
Já o amor faz planos, imagina onde viverão, como serão os filhos, o que vestirão, onde estudarão. Mesmo entre as pessoas mais simples.

O Amor

Lembra do Livro de Coríntios, capítulo ? A Poesia do amor?
Vamos relembrá-la?

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha (1 Coríntios 13:3-8)

A Paixão
Agora, peço licença aos irmãos e amigos – e ao apóstolo Paulo – e refaço a poesia, colocando no lugar do amor, a Paixão. Vejamos como ficaria?

A paixão faz sofrer – e não aceita o sofrimento.
A paixão é maldosa, a paixão é invejosa – dá-se que se a pessoa por quem há este sentimento estar com outra pessoa, o ser “apaixonado” vai fazer de tudo para ter para si.
A paixão é leviana, por sua própria natureza – ela busca a realiza,ão de si mesma, mas uma vez conseguida a satisfação deixa de ter importância.
A paixão se ensoberbece – quantas vezes você não ouviu uma pessoa dizer: “Viu que ele deixou ela para ficar comigo?”
A paixão é indecente – todo apaixonado acredita que os fins justificam o meio – e muitas vezes para conseguir o que quer a pessoa apaixonada faz coisas que não faria em circunstâncias normais! - Isto porque a Paixão busca sempre os seus interesses. A paixão é irritadiça – afinal em sua maioria, os apaixonados são ciumentos – e muitas vezes o são sem nenhum motivo especial e isto em si mostra algo mais sobre a paixão – ela suspeita o mal, afinal sua natureza é astuta.
A paixão compactua com a injustiça, pois para realizar-se, ela usa todos os meios que acredita ser seu direito para satisfazer-se.
A paixão, repito, não aceita o sofrimento – principalmente quando esta sujeito a deixar a pessoa amada seguir seu caminho e ser feliz com alguém que não com ela.
A paixão não compactua com a confiança, pois só crê em si mesma e em seus métodos.
A paixão nada espera, a não ser a realização de seus próprios instintos.
A paixão nada suporta.
A paixão falha.

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