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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Vida Ministerial - Cuidando do Emocional

Cuidando do Emocional
"Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome." (Salmos 23-3)

Acredito, pela minha experiência, que na vida ministerial a prioridade sempre seja o indivíduo, o próprio ministro.
Sabe-se que Jesus valorizava a pessoa enquanto indivíduo, foi por isto que Ele deu atenção a mulher que fora hemorrágica, enfrentou o desprezo de uma cidade inteira para salvar a vida de um endemoniado, conversou animadamente com Pedro quando o inquiriu sobre amar a Ele por 3 vezes. A cada um Jesus tratou as feridas da alma. A mulher curada daquela hemorragia estava livre de seu problema físico,mas trazia em seu coração a dor do desprezo de 12 longos anos, Jesus a curou dando-lhe atenção, foi seu Psicólogo. Ao morador de Gadara ele trouxe alívio e paz, pois não se importou em ser enxovalhado da cidade, mas nela entrara e fora ter com ele e o curara a alma e foi esta cura que tornou aquele homem um missionário e não a libertação apenas. O mesmo se deu com Pedro, que o traíra quando de seu mal fadado julgamento e morte. Quando Jesus se dirigiu a Pedro, tratou-lhe a alma, provou-lhe que o perdoara e isto foi o que fez com que este homem se tornasse ferrenho defensor do Evangelho.
Eu poderia continuar, citar ainda Zaqueu, mas minha intenção não é me alongar nisto, é apenas introduzir o tema Prioridade.
A prioridade de um obreiro é seu ministério, concordo, mas antes deve ser sim o ministro, só alguém que esta bem, exerce bem seu trabalho na Obra, pega no arado e não abandona. Se bem que existe o que não abandona, mas faz o trabalho relaxadamente, simplesmente por falta de animo, pois no fundo tem o coração ferido.
Estar curado é essencial para dar continuidade a Obra.
Ora, obreiros doentes geram obreiros doentes e isto é muito importante esclarecer antes de continuarmos.
Existem todo tipo de lenda quanto ao comportamento de um obreiro, como deve se portar, o que deve fazer e tudo o mais, só que ninguém se importa de fato com o que acontece com um jovem que tem sua chamada logo na juventude e é lançado no ministério sem qualquer preparo emocional.
As pessoas apresentam-lhes um amontoado de regras e exige dele um comportamento ético, mas não pensam neste jovem como alguém com outros desejos. Muitos obreiros apresentam desgaste emocional e ninguém percebe, pois não sabem o que dizer a ele. Mas a Bíblia esta recheada de conselhos práticos sobre o comportamento humano. Devemos aprender sobre como agir com os nossos irmãos de forma correta, cuidar dos jovens que se mostram ativos e prontos para colocar a mão no arado.
Ao longo dos anos temos visto jovens que se destacaram no início de suas vidas ministerial perderem o foco e deixarem o plano inicial e outros até se afastam dos caminhos de Deus, simplesmente por não encontrarem o apoio que precisavam e que muitas vezes nem perceberam precisar.
Veja o caso de Timóteo, Paulo preocupava-se com ele não só como obreiro, ensinava-lhe a valorizar o que aprendeu em casa (Valor a Família), ensinou-lhe diminuir a força do vinho por causa de seu problema no estomago ( preocupação com o indivíduo), além de dar ao jovem pastor coordenadas ministerial. Timóteo não estava sozinho, ele foi muito bem assessorado pelo apóstolo Paulo.

Saúde Emocional
O jovem que se dispõe seguir uma vida ministerial, deve ser informado desde o princípio que o caminho não é fácil, mas deve encontrar também obreiros mais experientes que sejam capaz de orientá-lo nesta jornada.
Deve-se abrir os olhos destes jovens para prestar atenção em suas próprias escolhas, se ao preferir seguir a Deus como missionário, por exemplo, não estará enterrando os seus sonhos pessoais e se isto não lhe ferirá na frente. Devem-se informá-los de que existem outras formas de exercer um ministério sem ter que abandonar a sua própria vida.
Muitos ao ler esta mensagem poderão me confrontar com uma grande verdade dita por Jesus: Aquele que perde sua vida por amor de mim, achá-la à (Mateus 16-25), mas Jesus estava falando de uma opção consciente. Ele não estava falando dos arroubos juvenis da Fé. Jesus quando teve aquela conversa na beira da fogueira com Pedro, estava perguntando a ele se sua opção era pessoal, se ele continuaria apesar dos pesares e isto fez a diferença na vida do discípulo, ele deixou tudo para trás e seguiu seu caminho. Sim,o ministério de Pedro tornou-se algo pessoal, seu próprio objetivo, não era a Obra de Deus, era o Projeto de Pedro. Quando torna-se um Projeto pessoal, o ministério se torna mais leve, pois quando percebemos que o cansaço vem – e ele vem – nos lembramos que a escolha foi nossa e que ela foi tomada em um momento de lucidez.
Jesus espera isto de nós. Lucidez,clareza de raciocínio.
Pessoas curadas trabalham melhor, quando um coração esta doente, o trabalho não gera frutos saudáveis. Por este motivo existem ovelhas doentes, pelo despreparo de pastores que também foram cuidados de forma equivocada.
É muito importante lembrar que Jesus deseja que amemos os outros como nos amamos e uma pessoa doente na alma, tem problemas emocionais, baixa estima e assim, como pode basear seu amor em si, se o amor a si esta comprometido?
Curar-se a si mesmo ou procurar a cura é muito importante. Orar buscando-a também é importante, pois ao falarmos com Deus ouvimos nossa própria voz e assim percebemos o que é preciso fazer para nos libertarmos de uma tristeza escondida, podemos reconhecer aonde dói, aonde está nosso problema. É orando que encontramos o refrigério (Salmo 23-3).
Louvo a Deus pois sou hoje de um ministério que zela pelo indivíduo. Preocupa-se com o ser humano como alguém especial, um ser único que necessita de tratamento específico e mesmo eu, tenho passado muitas vezes por estes cuidados que me fazem bem a alma e me permite ir longe, mas estar perto, ligada a um Projeto que se tornou meu: Curar almas.
Pense comigo.
Quem curou o aleijado? Jesus. Mas o que Jesus valorizou quando o despediu? A fé do que fora enfermo. Pense bem e tente ser melhor para estar pronto para tomar a cruz por opção e seguir Jesus, reconhecendo em todo o tempo que o caminho é longo e árduo, mas que nada o fará desistir, pois a cruz é sua e é você que vai morrer ao final.
Que Deus fale mais ao seu coração.

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