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terça-feira, 3 de julho de 2012

Movimentos Espirituais - Parte I - Verificando as Portas

Não se deixe enganar!
Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela. Que estreita é a porta, e que apertado o caminho que leva para a vida, e que poucos são os que acertam com ela”
 ( Mateus 7: 13 e 14).
Verificando as portas
(Elisabeth Alves)
É bom estudarmos a Bíblia. Não devemos esquecer do que aprendemos no lar espiritual. Muitas vezes confundimos porta larga com as ditas ofertas do mundo secular, mas infelizmente não é tão fácil assim definir, afinal, as larguezas que podem levar nosso barco a pico são obstáculos que estão dentro da própria Igreja. E mais, estão disfarçadas de doutrinas.
As primeiras doutrinas eram limpas, sem modismos da fé. Os pastores, em sua maioria diáconos que detinham em suas mãos a responsabilidade de dirigir a Igreja e suas congregações, eram homens habilitados na Palavra, mesmo que maioria nada conhecesse sobre a Ciência Religiosa – Teologia. Só que estes irmãos tinha autoridade através do conhecimento da Pessoa do Espírito Santo e reconheciam a ação e o poder deste. Sendo assim viviam de forma responsável seu ministério pessoal e, quando necessário, defendia a Fé, através de suas palavras cheias de autoridade.
Para que saibamos que estamos agindo certo na Casa de Deus, o melhor é verificar o tipo de porta que usamos, e isto se faz através da Leitura constante da Palavra e de uma vida voltada não só ao estudo, mas a prática dela.
Durante minha infância vivia entre a Igreja União Pentecostal em Guaianases, com minha mãe-avó e visitava com frequência a Assembleia de Deus, em Vila das Roseiras, ministério do Belém, onde amava os cultos e Escolas Bíblicas. Lembro-me que um dia, na verdade, uma noite, na Assembleia de Deus, durante a Palavra, uma senhora começou a enrolar a língua e começou a entregar um a profecia dentro da Igreja. Os irmãos bateram palmas para interromper a Palavra – isto não se fazia na hora da Palavra, mas na hora dos louvores e oportunidades era comum interromper com palmas dos mais próximos do profeta. O pastor José Vieira desceu do altar, foi até a mulher e disse: “Cala a boca satanás”.
A maioria dos irmãos começaram a falar baixo, pois era conhecido de todos que ele não fora ainda batizado com o Espírito Santo – a Assembleia de Deus acredita que só recebeu o batismo quem fala em línguas. O que não é de fato, pois os dons também são outros, inclusive os de reconhecer os espíritos e pelo que se segue dá para notar que o pastor o tinha. A situação era muito desconfortante para a Igreja, que desejava ouvir a tal profecia, mas ele não reconheceu como algo vindo de Deus.
Ao perceber o que acontecera entre os irmãos, a mulher – ou o que estava nela – tentou recomeçar com a 'palhaçada' ai o pastor José Vieira – que nós chamávamos de pastor porque dirigia a Igreja, mas era diácono – virou para a mulher e disse, com mais autoridade, mas se, aumentar o volume da voz: “Cala-te satanás” e a mulher estrebuchou e caiu endemoniada.
Ele expulsou orou, chamou alguém para atender a senhora e voltou para o altar. Não lembro sobre o que pregava e quem o fazia, mas aquela história se apegou a mim. Na verdade esta história ficou gravada em minha memória. Este pastor marcou a minha vida, pelo compromisso que ele tinha com Deus e com as ovelhas. Não só neste episódio, mas é esta história que dá base ao que estamos vendo.
Examinai os espíritos, se vêm de Deus (I João 4-1), advertiu o apóstolo, mas hoje muitos não o fazem e qual o motivo para não fazê-lo? Simplesmente por que mesmo com todo este tal avivamento espiritual que a Igreja diz viver, a maioria dos líderes, cheios de conhecimento humano e técnicas de oratória e convencimento, não possuem o essencial, a capacidade de discernir o que é de Deus, o que é para chamar a atenção (doença das paixões: egoismo, baixa estima, complexo de inferioridade, entre outros) e o pior, o que é demoníaco.
Hoje não acontece isto, os pastores acabam preferindo manter o lobo bem guardado e permitindo que as ovelhas sejam feridas ou até mesmo morram. Na verdade, fala-se tanto em pentecostalismo, em renovação espiritual, mas os pastores e líderes ditos evangélicos, em sua maioria, não tem visão suficiente para reconhecer e identificar o que é carne ou ação demoníaca. Expulsar demônios é nossa obrigação e para fazer isto, é necessário reconhecê-lo. Já ação da carne e a meninice, ambas devem ser tratadas de forma específica, pois são doenças da alma humana. A carnalidade travestida de santidade excessiva deve ser combatida com a Palavra, já que a Verdade liberta. E a meninice, que acontece pela falta de aceitação de determinadas pessoas, deve ser tratada com sabedoria sim, mas ambas com autoridade.
Hoje há muita confusão e busca por cargo, fama e dinheiro, a simplicidade e pureza da Fé já não são importantes. Busca-se a satisfação pessoal e não importam-se com a santidade e fidelidade que devemos prestar, como culto, ao Senhor.
Antigamente os pastores agiam diferente. Usavam a autoridade e experiência de líderes e sabiam como gerir uma Igreja com sabedoria.

(Pastor Sergio Carlos da Silveira e
Elisabeth Lorena Alves)
Texto na íntegra no Recanto das Letras

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