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segunda-feira, 28 de março de 2016

Falta-nos Azeite ... E todos foram para suas casas

Quando era adolescente e o culto acabava, a turma de jovens, claro, se juntavam na porta da Igreja e ficava horas conversando. Nem eu que morava  a bons 50 minutos da Igreja, escapava. Então sempre aparecia algum irmão para mandar a turma ler João 7:53 a. A primeira vez que ouvi isso, já fui rindo, eu sabia o que estava escrito lá, mas os colegas foram procurar luz para ler, cada um querendo encontrar o versículo antes do outro. Até que alguém leu: "E cada um foi para sua casa". Nem preciso contar a zoação com o irmão "tesoura", mas com a "onda"devidamente cortada, a turma toma o caminho de casa...Mas eu gosto desse versículo por um motivo especial. Penso e leio ele com outros olhos.
Para mim poucos cristãos podem seguir esse verso nos dias atuais. Os nossos cultos não nos preparam para irmos para nossas casas e ali permanecermos acesos na Fé. Com as diversas Ideologias pseudo-teológicas que correm de igreja em igreja, vemos pessoas saírem dos cultos cheias de emoção, imbuídas de uma pregação  eloquente, que revolve só a poeira da terra, mas que não mexe no fundo, não remove as impurezas, não prepara o crente para os embates do dia  a dia.
Hoje para manter a Fé a pessoa precisa fazer udo sozinho. Isso porque nem mesmo se valoriza as pequenas conquistas diárias nos testemunhos. Na verdade, nem se dá testemunhos do que não pareça uma grande bênção. Antigamente as pessoas queriam ir ao púlpito nem que fosse para "beijar a flor" e nesses momentos diziam que estavam felizes com Deus por terem sido libertos, terem certeza de que seus nomes estavam escrito no Livro da Vida e amém. E a Igreja vibrava com isso. Reconhecia nesses testemunhos a sua própria história.
Hoje não. Testemunho para ser testemunho tem que ser de Casa Nova, Carro Novo, Noiva mais bonita que a miss Brasil, Noivo rico e tudo o mais. A Salvação não é testemunho. Filhos curados, não é Testemunho. Pão providenciado por Deus, não é Testemunho... O Evangelho entrou no Modernismo. O crente de hoje vale pelo que tem...
E não, isso não é certo. Nosso valor se dá pelo que somos, pelo que conseguimos manter de comunhão com Deus e com o próximo. Se nos falta amor para nos alegrarmos com os irmãos que testemunham sua vitória contra a gripe e o resfriado, contra o desemprego e a fome, contra as dívidas mensais, então nada valemos.
Se o que nos motiva são as bênçãos grandiosas - que a maioria de nós jamais teremos, então nada somos, nossa Fé é de palha e só está acesa quando o fogo pega. Ao primeiro vento se apaga e seca, sem utilidade...
Precisamos rever nossos conceitos e exigirmos mais de quem está sobre nós, direcionando nossas vidas, se colocando como nossos guias...Ou fazemos isso, ou teremos uma Igreja doente, que não suporta os ventos e que não pode "ir para sua casa", pois não leva azeite...
e se falta Azeite, falta tudo!

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