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domingo, 25 de dezembro de 2016

E a criança nasceu?

Naquela manhã, quando o dono da Hospedaria lembrou-se do casal de viajantes que permitira pernoitar no Estábulo, rememorou as palavras do jovem que lhe pedira pouso.
Pegou uns pães e outros alimentos e dirigiu-se apressado à estrebaria, teria que despedi-los logo, não era bom para os negócios correr fama deque hospedara pessoas entre os animais em sua Hospedaria. Mas não era certo também despedir os viajantes famintos. Não pareciam ricos, era-lhe claro e seguindo esse pensamento, seguiu em direção ao Estábulo, já ensaiando um discurso de desculpas por ter que desalojá-los tão cedo...
Apressado e absorto em seus pensamentos, ouviu de repente um choro infantil. Desculpou os ouvidos cansados do trabalho e do trato com tantas pessoas e chegou ao seu destino.
Ao abrir a porta, já desculpando-se, parou espantado com a cena.
O viajante ajeitara, em uma das manjedouras espalhadas na Estrebaria, uma espécie de cama e ali, com pequenos reflexos de sorrisos, uma criança se mexia.
Do susto à surpresa passaram-se segundos e todo o discurso ensaiado no caminho, emudeceu-se nos lábios do comerciante, surgindo apenas uma pergunta, da qual ele desconhecia o verdadeiro valor:
- E a criança nasceu?

Por Elisabeth Lorena Alves
Feliz


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